sábado, 30 de julho de 2011

Continuando nossos estudos sobre lagos, neste artigo vamos tratar da construção do lago de lona, como visto anteriormente, este lago possui como grandes vantagens o fato de ser fácil de instalar, além de permitir grande liberdade de formatos.Lago de lona
Assim como o lago de alvenaria escavado, o lago de lona deverá possuir uma borda com cerca de 5 a 10 cm acima do solo para evitar a entrada de água da chuva carregada deimpurezas diversas provenientes da lixiviação do solo.
Lago de lona
Figura 2
Após escavado o local, devidamente socado o solo e feita a limpeza, retirando pequenas pedras, galhos, raízes, etc., deve-se forrar o fundo e as laterais com cobertores velhos ou carpetes velhos ou ainda com bastante jornal molhado visando a evitar sua perfuração por pedras, galhos ou outro material qualquer que tenha permanecido (Fig 1 ). A forração do fundo pode ser substituída por uma camada de areia limpa e peneirada para garantir o assentamento da lona.
Existem lonas próprias para a confecção de lagos ornamentais que são resistentes à radiação solar e são conhecidas como geomembrana ou PEAD. Costumam ter a espessura entre 0,5mm a 2,0mm. Quando escolhidas as mais grossas, é importante aplicá-las em dias quentes, para que fiquem mais maleáveis para o correto assentamento.
Lago de lona
Figura 3
Outra lona muito usada é a lona plástica de carreteiro. Ela é relativamente resistente à radiação solar e aos rasgos, mas nem sempre tem espessura suficiente para impedir furos eventuais. Caso a lona escolhida não tenha a espessura desejada, é aconselhável usar uma segunda lona logo abaixo da que tenha resistência à radiação solar.
Na Figura 2, vemos a aplicação de uma lona de reforço que não possui resistência à radiação solar (lona preta).
E na Figura 3, vemos a aplicação da lona de carreteiro, mais resistente aos rasgos e à radiação solar.
Lago de lona
Figura 4
Para o devido assentamento da lona, colocam-se pedras nos cantos do fundo. Quando houver degraus ou variações de nível, também deverão ser colocadas pedras nesses locais para que a lona não saia do lugar enquanto será preenchido com água.
Assim como o lago de alvenaria precisa ter tubulações que permitam o encaminhamento da água para o filtro e uma saída para descarte de água, o lago de lona também tem as mesmas necessidades. Deve-se, no entanto, evitar fazer os drenos perfurando a lona. É preferível faze-los com mangueiras pelo lado de dentro, camuflando com pedras (Fig 4).
Lago de lona
Figura 5
Opcionalmente, para esconder as laterais do lago, inclusive quando a lona é colorida, pode-se empilhar pedras nas laterais e colocar uma camada de areia no fundo.
As pedras maiores precisam ser assentadas primeiro, como mostra a Figura 5. Deve-se ter o devido cuidado deixando livre a passagem das mangueiras pra o filtro, sem estrangula-las.
Após terminado e sem a necessidade de se usar cimento, cola ou qualquer adesivo, o lago se mostra muito natural (Fig 6).
Lago de lona
Figura 6
Além da rapidez de construção, os lagos de lona têm o período de maturação da água muito mais acelerado dos que os de alvenaria. Têm ainda a vantagem de poderem ser removidos ou alterados.
No próximo capítulo sobre a qualidade da água, veremos detalhadamente como ocorre a maturação da água e como se conserva a sua qualidade para uma vida saudável dos peixes e das plantas do lago.
Texto: Célio Maeda
Fotos: Wladimyr Pereira

lago de jardim

Neste artigo vamos mostrar de forma resumida, os requisitos e o passo a passo necessários à construção de um lago ornamental de alvenaria.
Lembre-se que independente do tipo de material que seja utilizado, o lago deverá possuir sempre uma borda elevada cerca de 5 a 10 cm acima do solo, a não ser que o lago seja saliente. Esta medida é importante para evitar a entrada de água da chuva carregada de impurezas provenientes da lixiviação do solo.
Lago de Alvenaria
Figura 1
Enquanto a figura do artigo anterior mostrou um desenho de lago de alvenaria saliente, com filtro do tipo "sump"; a Figura 1 detalha um lago de alvenaria escavado, com filtro "por gravidade" e caixa de captação. Cada tipo de filtragem será discutido em capítulo a parte.
Em lagos escavados, a saída de água para esgotamento eventual e troca parcial através do ralo de fundo, só deverá ser feita, se houver no local um desnível que permita a saída da água por gravidade. Na maioria dos casos no entanto, devemos considerar a necessidade de uma bomba sobressalente para o esvaziamento do lago, assim como para sifonar* o fundo do lago.

Requisitos Necessários

  • Um condutor (conduíte) para fornecimento de energia elétrica que será utilizada em iluminação e alimentação de bombas de filtragem.
  • Um "ponto" de água, para uma torneira ou registro, que servirão em eventual lavagem, troca parcial ou para completar o nível da água, sendo necessário que a água esteja sem cloro.
  • Tubulação para escoamento da água descartada ou mesmo de água da chuva ("ladrão"), para que o lago não transborde.

Demarcação e escavação:

Lago de Alvenaria
Figura 2
Depois de escolher o local que você irá implantar o lago, este deve ser demarcado com cal, linha ou com uma valeta para poder visualizar o resultado final (Fig 2). Nesse momento, devem ser realizadas as últimas alterações de tamanho, forma ou localização.
A escavação segue de acordo com o formato do lago geométrico ou informal e de acordo com a inclinação das paredes.
Lago de Alvenaria
Figura 3
É importante, no caso de lagos de alvenaria, cavar o buraco, acrescentando às medidas das laterais, a espessura das paredes e aumentando a profundidade de acordo com a espessura do concreto do fundo (Fig 3).
Após a escavação, o solo terá que ser devidamente compactado e os tubos para o filtro passados antes da concretagem do fundo.

Isolamento do concreto:

Lago de Alvenaria
Figura 4
Caso seja possível, faça um revestimento com plástico para evitar a contaminação do concreto com impurezas que o enfraqueceriam, assim como para evitar a perda de água do concreto (Fig 4.).

Estrutura:

Esta etapa, mais ainda do que as anteriores, necessita das especificações de um profissional da área. Consulte um engenheiro ou arquiteto.
Apenas para exemplificar, seguem as especificações utilizadas em um lago pequeno (300cm x 200cm x 80cm). Estas especificações podem ser diferentes de acordo com as necessidades do tipo de solo, do tamanho do lago, da profundidade, da localização, etc.
No exemplo da Figura 4, a camada do fundo foi usada malha de ferro 5/16’ que deu continuidade às paredes laterais. A dosagem do concreto foi de 3/1 (três partes de areia, três partes de pedra e uma parte de cimento) e manteve a espessura de 12cm.

Concretagem:

Lago de Alvenaria
Figura 5
A consistência do concreto deve ser rigorosamente controlada, principalmente quanto à quantidade de água como em relação ao tempo de utilização, para evitar grumos secos e enfraquecimento (Fig. 5). Caso a quantidade de água for insuficiente, haverá uma mistura pouco homogênea, com espaços ocos (buracos) e conseqüentemente a resistência será comprometida.
Já o excesso de água deixará o concreto poroso, com micro-fissuras e relativamente permeável. O concreto preparado tem um tempo limite para sua aplicação. Quando não utilizado dentro de duas horas, também tem sua qualidade comprometida. A areia utilizada deve ser a lavada, livre de impurezas como raízes e folhas.
Lago de Alvenaria
Figura 6
A secagem ou cura do concreto deve ser lenta. A secagem ao contato se dá em algumas horas, mas será necessário mantê-lo úmido com bastante água na primeira semana. Isso pode ser providenciado com aspersão constante de água de torneira, mas poderá ser feita com uma cobertura de sacos de papel, panos ou areia molhados. Na segunda semana, ainda haverá necessidade de umidade, mas o concreto já não absorve tanta água nessa fase. Após esse período, a resistência do concreto já estará próxima do ideal. Caso a cura não seja adequada, o concreto pode secar rápido demais, trazendo graves conseqüências como baixa resistência mecânica e porosidade.
O enchimento do lago antes da secagem do concreto, com o propósito de garantir a umidade, é desaconselhável, uma vez que pode comprometer a estrutura nos primeiros dias, em decorrência de possíveis vibrações provocadas por veículos pesados ou similares.
Lago de Alvenaria
Figura 7
As paredes do lago podem ser feitas de concreto, geralmente usando formas de madeira. Para maior economia, pode-se usar paredes de blocos, preenchidas com concreto de 8cm de espessura (Fig. 6 e Fig. 7 ). Utiliza-se ainda blocos estruturais, neste caso no entanto, há a necessidade de uma cinta superior.
Terminada esta fase, com as paredes levantadas e secas, podemos passar à etapa de impermeabilização e vedação do lago.

Impermeabilização e Vedação:

Após a devida cura do concreto, este poderá ser impermeabilizado. O processo consiste em aplicar uma camada de reboco com aditivo impermeabilizante. Contudo, nem sempre o concreto necessitará de impermeabilização, uma vez que o concreto bem feito já é por si impermeável. Em paredes de blocos, a impermeabilização é indispensável.
É importante salientar que o reboco impermeabilizante não pode conter cal e deve ter os cantos arredondados.
A impermeabilização impede a saída da água, mas não impede o contato desta com as paredes. Assim, toda e qualquer parede que contenha cimento irá alterar a reserva alcalina da água, trazendo níveis de pH em torno de 8,0 ou acima disso. Para evitar esse transtorno, é recomendável vedar/isolar as paredes utilizando algum produto como: tinta betuminosa, tinta a base de epóxi, fibra de vidro, verniz próprio ou revestimento cerâmico. No caso das tintas, use as indicadas para caixas-d’água e no caso dos revestimentos cerâmicos, use produtos indicados para piscinas. Não use argamassas comuns, revestimentos residenciais ou rejuntes não específicos para contato com água.
Lago de Alvenaria
Figura 5
Pronto, se você escolheu o lago de alvenaria e efetuou todas as etapas corretamente, com o acompanhamento de um profissional da área, parabéns! Prepare-se para instalar osequipamentos, como bombas e filtros e finalmente povoar seu lago com a vida que lhe dará todo o charme e beleza. Equipamentos, plantas e peixes serão tratados em um capítulo a parte. Aguarde.
*Sifonar: retirar a sujeira decantada no fundo por meio de sucção
Texto e fotos: Célio Maeda

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Nos pesque-pagues, usando salsichas, pedaços de queijo ou mortadela como isca, costumo cortar um anzol de perna comprida, deixando o olho no lado maior da perna. Dessa forma, introduzo esse artifício por dentro da salsicha até a outra ponta aparecer. Passo o anzol por dentro do olho do artifício e puxo de volta, até atravessar a salsicha. Depois costumo usar pedaços de macarrão espaguete cruzados em "x", a fim de prender o anzol e não deixar a isca sair voando.
Iscas

Um dos pontos mais importantes de qualquer pescaria sem dúvida é a isca, seja em pesque pague, rios, represas, lagos ou mar. Hoje se tem uma gama muito grande de opções, antigamente isca de pescaria era a minhoca tirada a duras penas no enchadão, hoje compramos em caixinhas de isopor e quem não quer sujar as mãos com minhoca tem as rações e massas prontas para pesque pague, falando nisso é sempre bom levar variedades de iscas numa pescaria para aumentar as probabilidades de sucesso, quando for pescar dá uma olhadinha na geladeira sempre tem umas sobrinhas guardadas (mortadela, queijo, calabresa, figado, etc.).

terça-feira, 27 de abril de 2010

Como limpar o caniço de sua vara




Publicado em: 04/2010


Uma das melhores maneiras de deixar os cabos de cortiça das varas sempre limpos é usar uma esponja dupla face com sabão neutro. Muitos outros métodos já foram experimentados pela equipePescaepinga, pasta de dente, lixa d'água fina, palha de aço, entre outros, mas todos são muito abrasivos e provocam desgastes na cortiça diminuindo a sua vida útil.

Na verdade, o próprio uso causa um desgaste na cortiça com o atrito abrasivo das mãos. Além disso, impermeabilizá-la com verniz ou outros produtos equivalentes causam um problema maior porque prejudica a aderência à mão do pescador, ou falta de grip , fazendo com que escape durante o arremesso ou em uma briga com o peixe.

A esponja, sem dúvida, é a melhor alternativa por sua baixa abrasão e forte poder de limpeza. Use o lado verde com água e sabão neutro para eliminar a sujeira indesejável e tenha sempre suas varas com cabo de cortiça como saiu da loja.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Pesque Mas Não Solte o Seu Lixo na Natureza
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Estamos com a campanha Pesque e nÃo Solte... É isso mesmo, esperamos que compreenda, acredite, aceite e nos ajude a promover esta campanha.

Entendemos que todos os Clubes, Federações, Confederações, Associações, ONGS, Sociedades de Proteção ao Meio Ambiente, Sociedades de Proteção a Fauna e Flora, IBAMA, sites de Turismo Ecológico, sites especializados em Iscas Artificiais, Fly, Surf Casting, Pesca de Arremesso, Pesque e Pague, Pesca Amadora e Esportiva, e todos que se preocupam com a conservação do nosso meio ambiente, tem a obrigação de nos ajudar na divulgação desta campanha.

Sabemos que esta iniciativa irá gerar muita polêmica, que seremos criticados, que muitos não nos compreenderão mas aceitamos o desafio e estamos procurando muitos parceiros para se juntarem a nós nesta empreitada.

1- Sacos plásticos

2- Garrafas de plástico ou de vidro

3- Embalagens de qualquer tipo

4- Restos de linhas de pesca

5- Pilhas e baterias

6- Tocos de cigarro

7- Latas de qualquer tipo

8- Restos de combustível ou lubrificante

9- Qualquer tipo de lixo

Lixo jogado no rio

Carregue sempre uma embalagem apropriada para acondicionar o lixo e transporte-o para depositá-lo em um local onde você tenha a certeza de que seu lixo receberá um tratamento adequado

OUTRO SITE PREOCUPADO COM A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE É O SITE FISH POINT.

Não vire a cara pro lixo

Pescador esportivo zela pela natureza e mantém os locais de pesca limpo

Pesque e solte!!!!!!

A Maneira Correta Para Evitar Que se Sacrifique Peixes Em Rios Mar e Pesqueiros
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As sugestões e dicas aqui contidas são genéricas, mas poderão fazer com que os peixes libertados tenham uma grande chance de sobrevivência, proporcionando alegria a vários pescadores. Lembre-se sempre que, mesmo aparentando nenhum ferimento quando solto, o peixe poderá não sobreviver caso não seja manipulado com o devido cuidado e carinho.

Segue, abaixo, uma descrição daquilo que você pode fazer e os métodos a serem utilizados para assegurar o bem-estar do peixe - um peixe que certamente lhe deu muito prazer quando estava brigando na ponta da sua linha.

Local da Fisgada – Seria ideal que todos os peixes fossem fisgados pelo beiço superior ou inferior, mas nem sempre acontece assim. Quando a pescaria é feita com iscas artificiais pequenas como jigs, ou com iscas vivas, a chance do peixe ser fisgado mais profundamente pela garganta ou pelas guelras é muito alta. Jamais puxe a linha quando o anzol estiver preso na garganta do peixe. Corte a linha o mais perto possível do anzol e rapidamente devolva o peixe à água - isto aumentará a suas chances de sobrevivência. Quanto mais tempo o peixe ficar fora da água e quanto mais você praticar as suas "técnicas cirúrgicas", menores serão as possibilidades de sobrevivência desse peixe.

Anzol - Use anzóis sem farpa ou amasse a farpa com um alicate; dessa forma, a sua pescaria será muito mais vibrante e você evitará ferimentos maiores nos peixes. Anzóis sem farpas tornam a fisgada mais eficiente e basta manter a linha sempre esticada para trazer o peixe. O desenvolvimento da técnica do pescador que devera manter a linha sempre esticada, por vezes dominando o salto de um peixe sem deixar a linha bambear, assegura um ganho de esportividade e valoriza o Troféu fotografado

Teste da Linha – Use sempre uma linha de capacidade pouco maior que a exigida para cada espécie de peixe. Isso fará com que a luta dure menos tempo e evitará que o peixe fique exausto com a luta, aumentando assim as suas chances de sobrevivência. O conceito de que quanto mais leve é o equipamento mais esportividade confere ao embate é um erro que leva o peixe à morte certa, por este motivo esta atitude quando premeditada, não deve ser considerada um comportamento esportivo.

Profundidade - Quando pescar em profundidades acima de 30 pés (9,14 m), puxe o peixe devagar para o barco. Isso torna possível a descompressão (ajustamento do peixe à mudança de pressão da água). Faça pausas quando recolher o peixe e espere que as bolhas d’água (resultantes da descompressão do peixe) aflorem à superfície. Os peixes são passíveis de adaptação como qualquer pessoa. Se você puxar o peixe com muita violência e pressa, ele morrerá. Peixes de grandes profundidades dificilmente resistem, não há tempo suficiente para que não sofram os efeitos da pressão e nestes casos quando a bexiga natatória estiver cheia em excesso podemos tentar salva-lo com o uso de uma agulha hipodérmica fazendo um pequeno furo na bexiga para que o peixe possa afundar retornando a sua profundidade natural.

Delicadeza – Ao manusear um peixe, a delicadeza é fundamental. Jamais coloque os dedos ou as unhas nas guelras do peixe; jamais aperte os peixes pequenos – Quando não possuem dentes eles podem ser erguidos e manuseados facilmente segurando o seu queixo inferior. Tente, sempre, segurar ou manusear o peixe com as mãos molhadas, sempre na vertical. Mãos secas ou manuseio agressivo geralmente removem o muco que cobre o peixe e que serve para a sua proteção contra várias doenças. Segure o peixe de modo correto para que ele se contorça ao mínimo, movimente com cuidado, pois pode ocorrer deslocamentos e traumatismo nos órgãos internos e na estrutura óssea.
Passaguás ajudam, desde que os nós da linhas não machuquem o corpo do peixe. De preferência a passaguás sem estes nós. O uso de alicates de contenção são ideais para a manipulação da maioria das espécies de peixes esportivos, imobilizando o peixe de forma segura e permitindo a retirada do anzol com maior rapidez. Hoje contamos com alicates associados a balanças, estes equipamentos facilitam a manipulação correta e poupam tempo precioso efetuando a pesagem rapidamente.

Mantenha o peixe dentro da água – Faça isto tanto quanto possível. Um peixe fora da água vai ficar cada vez mais sufocado. Ele pode ter morte fatal caso caia na praia ou bata nas pedras. Um pouco de água pode servir como um excelente travesseiro de proteção a um peixe cansado.

Retirando o anzol – Retire o anzol tão rapidamente quanto possível, usando alicates de bico. Os alicates de bico longo podem acelerar a retirada de um anzol fisgado profundamente. Porém, lembre-se: caso o anzol tenha penetrado fundo no peixe, corte o empate e deixe o anzol dentro do peixe. Seja delicado e rápido. Os peixes pequenos, especialmente, podem morrer em decorrência do choque causado pela retirada de um anzol.

Tempo – É essencial! Um peixe fora da água sofrerá danos cerebrais em função da falta de oxigênio. Até mesmo um peixe pego ou manuseado gentilmente pode ficar muito exausto para se recuperar.

Reavivando o Peixe – Alguns peixes, depois de uma longa batalha, podem flutuar com a barriga para cima. Nestes casos, segure-o por baixo da barriga e mantenha-o na posição horizontal dentro da água (Esta é a hora ideal para você tirar a medida e a fotografia). Movimente o peixe para frente continuamente de modo que a água lhe passe frontalmente pelas guelras. Este é um método de respiração artificial e pode levar alguns minutos. Se você estiver num rio, coloque o peixe contra a correnteza. Quando o peixe recuperar os sentidos, começando a se mexer e puder nadar normalmente, solte-o de modo que ele consiga a recuperação completa e possa desafiar outro pescador futuramente.

Fotografando – Procure fotografar seu troféu preferencialmente com o peixe na água ou se o peixe for retirado dela procure coloca-lo em lugar liso e molhado para medir, pesar e fotografar. Lembre-se que estas operações devem ser realizadas no menor tempo possível.

Pescadores esportivos buscam aperfeiçoar e desenvolver suas habilidades pesqueiras, as instruções acima visam orientar o pescador para que sua pescaria cause o mínimo impacto ao meio ambiente, respeitando a natureza e garantindo a qualidade do esporte para as futuras gerações!

Ao libertar um peixe, você estará demonstrando respeito e garantindo o futuro da pesca esportiva. CONHEÇA TAMBÉM O "PESQUE E NÃO SOLTE"

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

isca com pinga

Ração na Pinga - Aprenda passo-a-passo a fazer a sua ração na pinga

Data: São Paulo 19 de Setembro de 2008

Olá amigos Hoje temos uma ótima dica de como você pode fazer a sua ração na pinga. Uma das iscas mais usadas com bóias cevadeiras e/ou torpedinhos, fisgando a maioria das espécies.

Primeiramente você precisa comprar a ração flutuante, conhecida como Guabi. Ela pode variar de tamanho, mas dê preferencia para a ração de 8 a 12mm, ou maior.

Ração Flutuante

Ração Flutuante

Coloque a ração em um recipiente.

Adicione a pinga. Pode ser usada a pinga, cachaça, conhaque, ou até mesmo vinho, mas dou preferencia para a cachaça.

Ração com Pinga

Ração com Pinga

Deixa a ração no máximo uns 20 segundo mergulhada na pinga.

Ração mergulhada na Pinga

Ração mergulhada na Pinga

Em seguida retire a ração da pinga. Deixar muito tempo a ração com a pinga pode deixá-la muito mole.

Espalhe a ração em um jornal para tirar o excesso de pinga.

Espalhe a ração em um jornal
Espalhe a ração em um jornal

Espalhe a ração em um jornal

Deixe que a ração descansar no jornal em local fresco por mais ou menos uns 20, 30 minutinhos. Ela vai inchar e ficar fofinha e sequinha, pronta para sicar no anzol.

Ração pronta para ser usada

Ração pronta para ser usada

Agora você já pode guaradr a sua ração em um pote bem fechado. Matendo em local fresco e arejado, a ração pode durar até três meses. Eu prefiro fazer este processo uns 3 dias antes da pescaria para que a ração não fique tão úmida.

Guardando a Ração

Guardando a Ração

Ração na Pinga

Ração na Pinga

E é isso galera. Uma isca muito simples e rápida para se fazer. Para encrementar um pouco essa ração, você pode espirrar um pouco de essência enquanto a ração está no Jornal. Pode ser de banana, queijo, mel, milho ou qualquer outra que você achar interessante.

Assista ao vídeo abaixo e veja passo-a-passo como fazer a ração na pinga.

VÍDEO


Não deixe de fazer seu comentário no final desta matéria. Dúvidas pelo e-mail

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

arremesso

Selecionamos os dez arremessos, usados nas situações mais diversas na pescaria, usando carretilhas ou molinetes.

Overhead Casting : Arremesso frontal pelo alto. O primeiro a ser aprendido e o mais utilizado pelos pescadores, que devem dominá-lo antes de partir para os outros tipos de arremesso. É feito em três etapas:
-vara na frente do corpo apontada para o alvo;
-impulso para trás, vergando a vara com firmeza e
-impulso para frente lançando a isca.

Sidehand Casting : Arremesso lateral. Utilizado na presença de obstáculos acima do pescador, impedindo a execução do overhead casting. Bom também para colocar a isca sob estruturas baixas.

Backhand Casting : Arremesso lateral cruzado. No caso de destros, o movimento da vara é para o lado esquerdo, com a ajuda da mão esquerda na hora de impulsionar a vara para frente. Usado quando há algum obstáculo do lado direito do pescador.

Flip Casting : Arremesso de baixo para cima, com movimento oposto ao do overhead casting. Usado quando não há espaço acima e ao lado do pescador. Outro bom arremesso para estruturas baixas.

Pitch Casting : Arremesso delicado, iniciado com a isca na mão esquerda do pescador. Faz-se um movimento de baixo para cima com a vara ao mesmo tempo em que se solta à isca. Bom para curtas distâncias e para apresentações mais delicadas da isca, como na pesca do black bass, robalos e outros peixes em determinadas situações.

Spiral Overhead Casting : Arremesso frontal em espiral. O invés do movimento em linha reta do overhead casting, a ponta da vara faz um movimento circular vigoroso antes de lançar a isca para frente. Permite o alcance a longas distâncias.

Spiral Side Casting, Spiral Backhand Casting, Spiral Flip Casting : Similares aos arremessos Sidehand, Backhand e Flip Casting, porém feitos com o movimento da vara em espiral. Têm a mesma vantagem de alcançar longas distâncias, apesar de serem mais difíceis de executá-los.

Curving Casting : Arremesso com Curva. Partindo-se do flip casting, tomba-se a vara para o lado ao mesmo tempo em que se freia a linha durante o vôo da isca, fazendo com que ela acabe efetuando uma curva no ar. Ë o único arremesso que põe a isca na parte de trás de uma estrutura, como um pilar, arvore, pedra, ou um tronco isolado no meio da represa.

Skipping ou Magic Casting : Arremesso com repique. Sem dúvida o mais acrobático e difícil dado a facilidade em se formar backlash (cabeleira) na linha se não for bem executado. Deve-se efetuar um arremesso o mais rasante possível, com controle constante do polegar sobre o carretel. A isca deverá saltitar sobre a água, tal qual uma pedra achatada arremessada com esse fim ( quem nunca fez isso com pedras? ). Põe a isca sob a mais baixa das estruturas. Dica : deve-se efetuar esse arremesso com iscas moles, tipo shads, com iscas artificiais de material duro e cabelereira na certa, outro detalhe fechar o freio.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Conheça um pouco de cada espécie de nossos rios.

Espécies de Peixe

Cachara, Surubim/Stripped Catfish

Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata.

Peixe de couro; corpo alongado e roliço; cabeça grande e achatada. A coloração é cinza escuro no dorso, clareando em direção ao ventre, sendo branca abaixo da linha lateral. Pode ser separada das outras espécies do gênero pelo padrão de manchas: faixas verticais pretas irregulares, começando na região dorsal e se estendendo até abaixo da linha lateral. Às vezes, apresenta algumas manchas arredondadas ou alongadas no final das faixas. Espécie de grande porte, pode alcançar mais de 1m de comprimento total.

Espécie piscívora, com preferência para peixes de escamas, mas, em algumas regiões, camarão também é um item importante na dieta. Ocorre em vários tipos de hábitats como poços no canal dos rios, baixios de praias, lagos e matas inundadas. Realiza migração reprodutiva rio acima a partir do início da enchente. É importante na pesca comercial e esportiva.

O equipamento do tipo médio/pesado, já que é um peixe de grande porte; linhas de 17, 20, 25 a 30 lb., preparadas com empates e anzóis de n° 6/0 a 10/0.

É capturado principalmente com iscas naturais de peixes, como sarapós, muçum, tuviras, lambaris, piaus, curimbatás e minhocuçu. Também podem ser utilizadas iscas artificiais, como plugs de meia água e de fundo, principalmente em lagos, lagoas e nas praias, mas, nesse caso, as iscas devem ser trabalhadas bem próximas ao fundo.

Os cuidados ao manusear esse peixe devem ser redobrados, por causa dos espinhos das nadadeiras peitorais e dorsal.

Black Bass, Largemouth Bass

A família é endêmica da América do Norte. A espécie foi introduzida em alguns reservatórios das regiões Sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Peixe de escamas. A variedade introduzida no Brasil é a largemouth bass e o que a diferencia das outras espécies é o tamanho da boca, que ultrapassa a margem posterior do olho. Embora nos Estados Unidos alcance 10kg, no Brasil, esta espécie raramente ultrapassa 3kg.

É considerado o peixe de água doce mais esportivo dos Estados Unidos. Vive próximo de troncos e pedras, predando todo tipo de organismo que encontra, como peixes, cobras, sapos, aves, insetos e, até mesmo, morcegos. A visão é um sentido muito importante para essa espécie.

Os equipamentos de ação leve e média são especiais e adequados para a captura deste peixe. As linhas podem variar de 10 a 20 lb.

Entre as iscas naturais, as melhores são minhoca e lambari. As iscas artificiais podem ser plugs, jigs, minhocas, salamandras e spinnerbaits.

Carpa Capim

Catfish, Peixe Gato

Curimbatá, Curimatã, Curimatá, Curimba, Papa-terra

Bacias amazônica e Araguaia-Tocantins (P. nigricans), Prata (P. lineatus, P. scrofa, P. platensis) e São Francisco (curimatá-pacu P. marggravii, P. affinnis, P. vimboides). Foram introduzidas nos açudes do Nordeste.

Peixes de escamas. A principal característica da família é a boca protrátil, em forma de ventosa, com lábios carnosos, sobre os quais estão implantados numerosos dentes diminutos dispostos em fileiras. As escamas são ásperas e a coloração é prateada. A altura do corpo e o comprimento variam com a espécie. Pode alcançar de 30 a 80cm de comprimento total dependendo da espécie.

Espécies detritívoras, alimentam-se de matéria orgânica e microorganismos associados à lama do fundo de lagos e margens de rios. Realizam longas migrações reprodutivas. São capturadas em grandes cardumes, sendo espécies importantes comercialmente, principalmente para as populações de baixa renda.

O equipamento do tipo médio/pesado, já que é um peixe de grande porte; linhas de 17, 20, 25 a 30 lb., preparadas com empates e anzóis de n° 6/0 a 10/0.

É capturado principalmente com iscas naturais de peixes, como sarapós, muçum, tuviras, lambaris, piaus, curimbatás e minhocuçu. Também podem ser utilizadas iscas artificiais, como plugs de meia água e de fundo, principalmente em lagos, lagoas e nas praias, mas, nesse caso, as iscas devem ser trabalhadas bem próximas ao fundo.

Os cuidados ao manusear esse peixe devem ser redobrados, por causa dos espinhos das nadadeiras peitorais e dorsal.

Dourado

Bacia do Prata (S. maxillosus) e bacia do São Francisco (S. brasiliensis).

Peixes de escamas. S. brasiliensis e S. maxillosus são bastante semelhantes, sendo que o primeiro, além de ser maior, apresenta uma coloração dourada com reflexos avermelhados, enquanto o segundo é dourado com as nadadeiras alaranjadas. Cada escama apresenta um filete negro no meio, formando riscas longitudinais da cabeça à cauda, do dorso até abaixo da linha lateral. Podem alcançar mais de 1m de comprimento total e 25kg, mas exemplares desse porte são raros. S. maxillosus é o maior peixe de escama da bacia do Prata, conhecido como o rei do rio.

Espécies piscívoras, predadores vorazes, alimentam-se de pequenos peixes nas corredeiras e na boca das lagoas, principalmente durante a vazante quando os outros peixes migram para o canal principal. Nadam em cardumes nas correntezas dos rios e afluentes e realizam longas migrações reprodutivas. Têm grande importância comercial e esportiva.

Varas de ação média a pesada com linhas de 17, 20, 25 e 30 lb. É indispensável o uso de empate de arame ou de cabo de aço encapado com no mínimo 30cm de comprimento. Os anzóis mais usados são os de n° 5/0 a 8/0.

Entre as iscas artificiais, as que apresentam melhores resultados são os plugs de meia água e as colheres, que podem ser utilizadas no corrico ou no arremesso em direção às margens. Iscas naturais como tuvira, sarapó, lambari, curimbatá e piraputanga também são bastante produtivas. Podem ser utilizadas na rodada, com um pequeno chumbo para afundar a linha e mantê-la na coluna d'água, ou deixando o barco rodar perto das margens, onde a isca é jogada repetidamente em direção às galhadas.

Quando fisgados, esses peixes costumam dar saltos espetaculares fora da água. Nesse momento, o pescador não pode bambear a linha, porque como a boca do dourado é difícil de ser perfurada, muitas vezes o peixe consegue "cuspir" a isca. Os melhores locais de pesca são as águas rápidas, corredeiras e cachoeiras, assim como as margens de barranco, onde se pratica o corrico com isca artificial.

Jaú/Giant Catfish

Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins, São Francisco, Prata e em algumas bacias do Atlântico Sul. Amplamente distribuído na América do Sul, mas provavelmente existe mais de uma espécie recebendo este nome.

Peixe de couro; grande porte, pode alcançar mais de 1,5m de comprimento total e 100kg. O corpo é grosso e curto; a cabeça grande e achatada. A coloração varia do pardo esverdeado claro a escuro no dorso, mas o ventre é branco; indivíduos jovens apresentam pintas claras espalhadas pelo dorso.

Espécie piscívora. Vive no canal do rio, principalmente nos poços das cachoeiras, para onde vai no período de água baixa acompanhando os cardumes de Characidae (especialmente curimbatá) que migram rio acima. Na Amazônia não é importante comercialmente, a carne é considerada "remosa", mas é apreciado no Sudeste do Brasil. A pressão de pesca pelos frigoríficos que exportam filé de jaú é muito grande e tem sido responsável pela queda da captura da espécie na Amazônia.

Varas de ação pesada; linhas de 30 a 50 lb.; anzóis encastoados n° 10/0 a 14/0. Deve-se usar chumbo tipo oliva, com peso de 300 a 1.000g, dependendo da profundidade e força da água.

Somente iscas naturais, como pequenos peixes de escama, tuvira, muçum e, também, minhocuçu.

Esta espécie é capturada nos poços logo abaixo das corredeiras, principalmente à noite. É muito importante que a isca fique no fundo.

Lambari, Piaba

Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins, São Francisco, Prata e Atlântico Sul.

Peixes de escamas; de pequeno porte, raramente ultrapassando 20cm de comprimento total; corpo alongado e um pouco comprimido. A coloração é bastante variada; algumas espécies são muito coloridas.

Espécies onívoras, alimentam-se de vários itens alimentares vegetais e animais (flores, frutos, sementes, insetos, crustáceos, algas, detritos etc.); vivem em vários tipos de hábitats. Os menores e mais coloridos têm importância como peixe ornamental.

Materiais de ação leve, tanto varas de bambu quanto varas com molinete. As linhas podem ser de 2 a 6 lb.; e os anzóis do tipo mosquitinhos são os ideais.

Iscas de queijo, macarrão, insetos, minhocas, pedacinhos de peixe.

Durante a pescaria, é preciso ficar muito atento, porque esses peixinhos são muito ligeiros e roubam a isca facilmente.

Matrinxã

Bacias amazônica e Araguaia-Tocantins.

Peixe de escamas; corpo alongado, um pouco alto e comprimido. A coloração é prateada, com as nadadeiras alaranjadas, sendo a nadadeira caudal escura. Apresenta uma mancha arredondada escura na região umeral. Os dentes são multicuspidados dispostos em várias fileiras na maxila superior. Pode alcançar 80cm de comprimento total e 5kg.

Espécie onívora: alimenta-se de frutos, sementes, flores, insetos e, ocasionalmente, de pequenos peixes. Realiza migrações reprodutivas e tróficas. Nos rios de água clara, é comum ver cardumes de matrinxã, se alimentando debaixo das árvores, ao longo das margens.

Equipamento do tipo médio, com linhas de 10 a 17 lb. e anzóis de n° 2/0 a 6/0.

Iscas artificiais, como colheres e plugs; iscas naturais, frutos, flores, insetos, minhoca, coração e fígado de boi em tirinhas.

Pode ser encontrada nas corredeiras e remansos dos rios. Quando fisgada, a tendência é levar a isca para cima.

Pacu, Pacu-caranha

Bacia do Prata.

Peixe de escamas; corpo romboidal e comprimido. A coloração é uniforme, castanho ou cinza escuro; o ventre é mais claro, amarelado quando o peixe está vivo. Os dentes são molariformes. Alcança cerca de 50cm de comprimento total.

Espécie onívora, com tendência a herbívora: alimenta-se de frutos/sementes, folhas, algas e, mais raramente, peixes, crustáceos e moluscos. É considerado um dos peixes mais esportivos do Pantanal, e também é muito importante comercialmente.

A pesca pode ser praticada de duas formas: com vara e carretilha/molinete e pelo sistema de batida. Nesse caso, com uma vara de bambu bate-se a isca, de coquinho ou bola de massa, de forma a reproduzir o som de uma fruta caindo próximo às margens ou às plantas aquáticas. A vara deve ser resistente, com 4 a 5m de comprimento, preparada com linha 0,60 a 0,70mm, anzol com colo largo e haste curta de n° 3/0 a 4/0 e empate de arame, com aproximadamente 5cm. O uso de chumbo é dispensável. Usando carretilha, a vara deve ser de ação média a média/pesada, para linhas de 14, 17 e 20 lb. e anzóis de n° 3/0 a 6/0. Para facilitar o arremesso e manter a isca no fundo, recomenda-se o uso de chumbo.

Somente iscas naturais, como tucum, laranjinha-de-pacu, pedaços de jenipapo, caranguejo, minhocuçu, filé de curimbatá azedo e bolinhas de massa de farinha de mandioca.

Normalmente a pesca é embarcada, porque é necessário chegar aos lugares onde o peixe vive. O silêncio é importantíssimo nesse tipo de pescaria. Recomenda-se amarrar o barco nas galhadas e o pescador precisa ser bastante paciente e esperar o peixe acomodar a isca na boca, caso contrário errará a fisgada, deixando-o escapar.

Patinga

Piapara, Piau

Bacia do Prata. Na bacia do São Francisco ocorre o Leporinus elongatus também conhecido como piapara.

Peixe de escamas; corpo alongado, um pouco alto e fusiforme; boca terminal. Coloração prateada, com o dorso castanho escuro e o abdome amarelado. Apresenta três manchas pretas nas laterais do corpo, e nadadeiras amareladas. A piapara alcança em média 40cm de comprimento total e 1,5kg, sendo que os indivíduos maiores chegam a 80cm e 6kg. Esta espécie pertence à família Anostomidae, que possui uma grande diversidade de gêneros e espécies com representantes em todas as bacias hidrográficas brasileiras, conhecidos como aracus (bacia amazônica), piaus (bacia Araguaia-Tocantins, Paraná e São Francisco), piavuçu, piava etc. A diferença de L. elongatus da bacia do São Francisco é a posição da boca, que é subinferior.

É uma espécie bastante comum na bacia do Prata. Vive nos rios, em poços profundos e nas margens, na boca de lagoas e corixos. Espécie onívora, alimenta-se de vegetais e insetos, adultos e larvas. A grande maioria dos anostomídeos é onívora, alimentando-se preferencialmente de invertebrados e frutos, mas algumas espécies se alimentam exclusivamente de algas filamentosas, raízes de gramíneas ou de frutos/sementes pequenos. Realiza migração reprodutiva.

Vara de bambu, nas pescarias de barranco, e vara de ação média e carretilha para a pesca embarcada. As linhas mais utilizadas são de 12 a 14 lb., preparadas com chumbadinha leve e solta na linha, e anzol pequeno.

A espécie é capturada exclusivamente com iscas naturais como, por exemplo, milho verde ou azedo, bolinhas de massa, caramujo etc.

Para se ter sucesso na pesca da piapara, é necessário alguma experiência. O peixe costuma pegar a isca com suavidade e acomodá-la na boca antes de correr. Se o pescador ficar afobado vai perdê-lo. Para realizar uma boa pescaria é preciso fazer uma ceva com milho ou massa de farinha para reunir os peixes no local onde se pretende pescar. Na pesca embarcada, o uso de um canhão é muito útil para manter os peixes nas proximidades.

Piau-três-pintas, Aracu-comum, Aracu-cabeça-gorda

Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata.

Peixe de escamas; corpo alongado e fusiforme (característica da família); boca terminal, um pouco inferior, com dentes incisivos e sem cúspides. A coloração é cinza, com três manchas arredondadas nos flancos, sendo a primeira na altura da nadadeira dorsal, a segunda entre a dorsal e a adiposa, e a terceira na base da nadadeira caudal. Alcança de 30 a 40cm de comprimento total e 1,5kg.

Espécie onívora, com tendência a carnívora (principalmente insetos) ou frugívora (frutos e sementes pequenas), dependendo da oferta de alimentos. Vive principalmente na margem de rios, lagos e na floresta inundada. É importante para a pesca de subsistência e para o comércio local, mercados e feiras.

Equipamento leve, linhas 8 a 10 lb., anzóis pequenos e chumbada leve. Vara de bambu nas pescarias de barranco.

Iscas naturais, como insetos, minhoca, milho, além de queijo e macarrão.

É preciso muita habilidade para fisgar esses peixes, pois são muito ariscos.

Pintado/Speckled Catfish

Bacias do Prata e São Francisco.

Peixe de couro; corpo alongado e roliço; cabeça grande e achatada. A coloração é cinza escuro no dorso, clareando em direção ao ventre, e esbranquiçada abaixo da linha lateral. Pode ser separada das outras espécies do gênero pelo padrão de manchas: pequenas, pretas e arredondadas ou ovaladas, espalhadas ao longo do corpo, acima e abaixo da linha lateral. Espécie de grande porte, pode alcançar mais de 1m de comprimento total.

Espécie piscívora. Ocorre em vários tipos de hábitats como lagos, praias e canal dos rios. Realiza migrações de desova. É importante na pesca comercial e esportiva.

Equipamento do tipo médio/pesado, já que é um peixe de grande porte; linhas de 17, 20, 25 a 30 lb. preparadas com empates; e, anzóis de n° 6/0 e 10/0.

É capturado principalmente com iscas naturais de peixes, como sarapós, muçum, tuviras, lambaris, piaus, curimbatás, e minhocuçu. Também pode ser capturado com iscas artificiais, como plugs de meia água e de fundo, principalmente em lagos, lagoas e nas praias, mas, nesse caso, as iscas devem ser trabalhadas bem próximas ao fundo.

Os cuidados ao manusear esse peixe devem ser redobrados por causa dos espinhos das nadadeiras dorsal e peitorais.

Piracanjuba

Bacia do Prata.

Peixe de escamas; corpo fusiforme de coloração prateada com reflexos esverdeados e nadadeiras vermelhas. Pode alcançar 1m de comprimento total e 5kg.

Espécie herbívora, alimenta-se de frutos/sementes, flores e folhas. Vive tanto no canal dos rios quanto nas áreas próximas às margens e em locais de corredeiras. É um peixe muito esportivo e sua carne rosada é de excelente qualidade. Em algumas áreas, a captura dessa espécie está cada dia mais difícil.

O equipamento mais adequado para a captura é do tipo leve/médio. As linhas podem variar de 8 a 14 lb., os anzóis de n° 1/0 a 3/0. Para maior eficiência das fisgadas, as varas devem ser de ação rápida e recomenda-se o uso de chumbo de correr do tipo oliva.

As iscas mais indicadas para a captura dessa espécie são naturais, como pequenos peixes inteiros ou em pedaços. Frutos, bolinhas de massa e grãos de milho também são muito apreciados.

Tenha sempre à disposição bastante linha, pois, quando se sente fisgada, a piracanjuba sai em desabalada carreira e tem bastante fôlego, levando vários metros de linha antes de se entregar.

Piraputanga

Bacias do Prata (B. microleps) e São Francisco (B. hilarii)

Peixes de escamas; corpo alongado e um pouco comprimido. Logo após retirados da água a cor é amarelada, a nadadeira caudal é vermelha, com uma faixa preta que começa no pedúnculo caudal e chega até os raios centrais da nadadeira caudal. As demais nadadeiras são alaranjadas. As escamas do dorso são claras no centro, com as bordas escuras. Apresentam uma mancha umeral escura e arredondada. Alcançam cerca de 50cm de comprimento total e 2,5kg; indivíduos acima desse peso são raros. Tradicionalmente, a piraputanga da bacia do Prata tem sido identificada como Brycon hilarii, mas esse nome aplica-se apenas à espécie do rio São Francisco.

Espécies onívoras, alimentam-se de peixes, frutos e sementes. Vivem em locais de corredeiras e nos remansos, embaixo de árvores frutíferas e próximos às plantas aquáticas. Têm importância comercial e esportiva.

As varas utilizadas devem ser de ação leve ou leve/média de 6 a 12 lb. Os anzóis são pequenos (n° 2/0) e o chumbo deve ser leve, pois são espécies de meia água.

Pode-se usar iscas naturais, frutinhas e pequenos peixes que compõem a dieta destes peixes, e iscas artificiais, como spinners e pequenos plugs de meia água.

Os melhores locais para pesca são as pequenas correntezas, as beiras com árvores frutíferas e perto de plantas aquáticas.

Pirarara

Bacias amazônica e Araguaia-Tocantins.

Peixe de couro, de grande porte. É caracterizado pela cabeça enorme, fortemente ossificada, com uma placa óssea localizada antes da nadadeira dorsal. É um dos peixes de couro mais coloridos da Amazônia. Sua coloração é muito bonita, sendo o dorso castanho esverdeado, os flancos amarelados e o ventre esbranquiçado. As nadadeiras dorsal e caudal são alaranjadas. Pode chegar a mais de 1,50m de comprimento total e mais de 50kg.

Ocorre no canal dos rios, nos poços logo após as corredeiras, várzeas e igapós, inclusive nos tributários de águas pretas e claras, alcançando as cabeceiras e parte do estuário do Amazonas. Alimenta-se de peixes, frutos e caranguejos. Tem a reputação de atacar seres humanos, principalmente crianças.

Equipamento do tipo pesado com linhas de 30 a 50 lb. Os anzóis mais utilizados são os de n° 8/0 a 14/0, por causa da grande boca da pirarara.

Esta espécie é capturada exclusivamente com iscas naturais, peixes inteiros ou em filés, por exemplo, de traíra ou piranha-caju.

Pode ser capturado na calha e na confluência dos rios, especialmente na época de seca. Prefira as áreas que não tenham muito enrosco para não correr o risco de perder o peixe.

Tambacu

Bacia amazônica.

Peixe de escamas; corpo romboidal; nadadeira adiposa curta com raios na extremidade; dentes molariformes e rastros branquiais longos e numerosos. A coloração geralmente é parda na metade superior e preta na metade inferior do corpo, mas pode variar para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água. Os alevinos são cinza claro com manchas escuras espalhadas na metade superior do corpo. O tambaqui alcança cerca de 90cm de comprimento total. Antigamente eram capturados exemplares com até 45kg. Hoje, por causa da sobrepesca, praticamente não existem indivíduos desse porte.

Espécie migradora, realiza migrações reprodutivas, tróficas e de dispersão. Durante a época de cheia entra na mata inundada, onde se alimenta de frutos/sementes. Durante a seca, os indivíduos jovens ficam nos lagos de várzea onde se alimentam de zooplâncton e os adultos migram para os rios de águas barrentas para desovar. Nessa época, não se alimentam, vivendo da gordura que acumularam durante a época cheia. Uma das espécies comerciais mais importantes da Amazônia central.

Os equipamentos mais recomendados são do tipo médio/pesado, e pesado para os grandes exemplares. As linhas devem ser de 17, 20, 25 e 30 lb. Deve-se usar empates curtos, por causa dos dentes e da boca pequena do tambaqui. Os anzóis devem variar do n° 2/0 a 8/0.

As iscas devem ser frutos da região, as preferidas pela espécie, e minhocuçu.

A pesca com anzol é mais fácil quando o peixe está batendo. A isca de minhocuçu, por exemplo, deve ser arremessada na batida do peixe.

Tilápia

Espécies da África, introduzidas em quase todo o Brasil.

Peixes de escamas; corpo um pouco alto e comprimido. Existem cerca de 100 espécies de tilápia, distribuídas em três gêneros, Oreochromis, Sarotherodon e Tilapia. No Brasil foram introduzidas três espécies: Oreochromis niloticus (tilápia do Nilo) que pode alcançar cerca de 5kg; Tilapia rendali (tilápia rendali) com cerca de 1kg; Sarotherodon hornorum (tilápia zanzibar) de coloração escura e maxilas protráteis; e uma variedade desenvolvida em Israel, "Saint-Peters", que atualmente vem sendo cultivada.

As tilápias são espécies oportunistas, que apresentam uma grande capacidade de adaptação aos ambientes lênticos. Além disso, suportam grandes variações de temperatura e toleram baixos teores de oxigênio dissolvido. A alimentação pode variar dependendo da espécie: podem ser onívoras, herbívoras ou fitoplanctófagas. Algumas espécies se reproduzem a partir dos seis meses de idade, sendo que a desova pode ocorrer mais de quatro vezes por ano. Como protegem a prole, o índice de sobrevivência é bastante elevado.

Varas de ação leve e leve/média; linhas de 8 a 12 lb.; anzóis de n° 12 a 20.

Iscas de milho, minhoca, massa, tripa de frango, larvas de insetos etc. Também são capturadas com plugs de superfície e meia água e spinners.

Tilápia Vermelha

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Trairão

Bacias amazônica (áreas de cabeceiras dos tributários), Araguaia-Tocantins e do Prata (alto Paraguai).

Peixe de escamas; corpo cilíndrico. Pode atingir 20kg e mais de 1m de comprimento total, mas exemplares desse porte são difíceis de encontrar. A coloração é quase negra no dorso, os flancos são acinzentados e o ventre esbranquiçado.

Espécie piscívora, muito voraz. Vive na margem dos rios e de lagos/lagoas em áreas rasas com vegetação e galhos.

Equipamento médio/pesado; linhas de 17, 20 e 25 lb.; anzóis de n° 6/0 a 8/0, encastoados com arame ou cabo de aço recapado de 50 a 100 lb.

Iscas naturais, como pedaços de peixes (cachorra, matrinxã, curimbatá etc.). As iscas artificiais também são muito utilizadas, principalmente os plugs de superfície e meia água, spinnerbaits e colheres.

Muito cuidado ao retirar o anzol da boca do trairão porque a mordida é forte e os dentes afiados.

Truta Arco-íris

A espécie é nativa dos Estados Unidos, Canadá e Alaska, mas já foi introduzida em todos os continentes. No Brasil, foi introduzida principalmente nos rios serranos das regiões Sudeste e Sul.

Peixe de escamas; alongado e um pouco comprimido. Alcança cerca de 60cm de comprimento total e 2kg. A coloração do dorso varia do castanho para esverdeado, os flancos são acinzentados e o ventre esbranquiçado. Apresenta pintas escuras espalhadas pelo corpo e nadadeiras.

Vive em pequenos rios de águas frias e oxigenadas, nas corredeiras, poços e remansos. Espécie carnívora, alimenta-se de peixes e insetos. A carne é de excelente qualidade. Peixe bastante esportivo.

Equipamentos leve e ultra-leve e na modalidade de fly; linhas variando de 4 a 10 lb.

Iscas artificiais, como pequenos spinners e colheres, pequenos plugs de meia água; e na modalidade de fly, moscas e ninfas.

Quando praticar o pesque-e-solte, evite pegar o peixe com a mão. Em último caso, utilize o puçá.

Tucunaré (tucunaré-açu; tucunaré-paca, tucunaré-pinima; tucunaré-pitanga; tucunaré-vermelho)

Bacias amazônica e Araguaia-Tocantins, mas foi introduzido nos reservatórios da bacia do Prata, em algumas áreas do Pantanal, no rio São Francisco e nos açudes do Nordeste.

Peixes de escamas; corpo alongado e um pouco comprimido. Existem pelo menos 14 espécies de tucunarés na Amazônia, sendo cinco espécies descritas: Cichla ocellaris, C. temensis, C. monoculus, C. orinocensis e C. intermedia. O tamanho (exemplares adultos podem medir 30cm ou mais de 1m de comprimento total), o colorido (pode ser amarelado, esverdeado, avermelhado, azulado, quase preto etc.), e a forma e número de manchas (podem ser grandes, pretas e verticais; ou pintas brancas distribuídas regularmente pelo corpo e nadadeiras etc) variam bastante de espécie para espécie. Todos os tucunarés apresentam uma mancha redonda (ocelo) no pedúnculo caudal.

Espécies sedentárias (não realizam migrações), que vivem em lagos/lagoas (entram na mata inundada durante a cheia) e na boca e beira dos rios. Formam casais e se reproduzem em ambientes lênticos, onde constroem ninhos e cuidam da prole. Têm hábitos diurnos. Alimentam-se principalmente de peixes e camarões. São as únicas espécies de peixes da Amazônia que perseguem a presa, ou seja, após iniciar o ataque, não desistem até conseguir capturá-las, o que os torna um dos peixes mais esportivos do Brasil. Quase todos os outros peixes predadores desistem após a primeira ou segunda tentativa malsucedida. Todas as espécies são importantes comercialmente e na pesca esportiva.

Varas de ação média a média/pesada, com linhas de 17, 20, 25 e 30 lb e anzóis de n° 2/0 a 4/0, sem o uso de empates. O uso de arranque com linha grossa é recomendado para evitar a perda do peixe nas galhadas.

Iscas naturais (peixes e camarões) e artificiais. Praticamente todos os tipos de iscas artificiais podem atrair tucunarés, mas a pesca com plug de superfície é a mais emocionante. Os tucunarés "explodem" na superfície da água para capturar os peixinhos.

Na pesca com isca artificial deve-se procurar manter a isca em movimento, porque o tucunaré pode pegar a isca 4 a 5 vezes antes de ser fisgado.